segunda-feira, 3 de março de 2008

Acorramos a Lisboa, amigos, que matam os "mestres" sem por quê!!

1.
Têm-me chegado várias informações de que o texto "Braga saiu à rua e sorriu" - e que podem ver no TempoBreve -, está a correr o país via e-mail. Sei também que foi fotocopiado e está exposto em várias escola. Algum mérito ele terá.
Agradeço a todos os colegas a atenção que lhe têm dispensado, e os comentários que têm feito, quer no temporeve.blgspot.com, quer no educar.wordpress.com.
2.
Mais importante que isto, porém, é mantermo-nos atentos e mobilizados. Não devemos responder a provocações. E devemos responder à aos comentadores oficiais e oficiosos. Temos gente para isso. De sobra. Não vamos permitir que nos dividam por questões menores. Pelo menos neste momento. Há que continuar com modéstia, discrição e educação. Mas firmes.
3.
Lisboa é o nosso caminho. Temos que vencer essa batalha. A manifestação, aconteça o que acontecer daqui até lá para nos desmobilizar - e vai acontecer -, terá de ser só a maior de sempre. Ela vai ser decisiva para a nossa luta mais funda. O país terá os olhos postos nela par ver que tamanho tem, e para ver como corre. E os comentadores oficiais e oficiosos vão estar de lupa em riste a ver se encontram alguns argumentos manhosos. Não lhos podemos dar. Nem a eles, nem ao governo. Responder-lhes-emos taco a taco. Só queremos é oportunidade para isso. Nos debates. Mas, se não no-la derem, nós saberemos fazer-nos ouvir. Como até agora.
4.
A ministra já não o é. Mas vai lá ficar mais uns tempos. Por teimosia banal. Por táctica medíocre. Por causa daquela coisa de ter de se mostrar que não se demite ninguém sob a pressão da rua. Uma palermice. O que interessa é saber de que lado está a razão. E, evidentemente, ela está do nosso lado. Pode lá ficar, mas já não é ministra de nada. A luta vai continuar.
5.
Esses senhores ainda não pensaram que, no meio da confusão que criaram, os nossos alunos já estão a ser prejudicados. Este ano lectivo é um ano para esquecer. Mas a isto voltaremos.
Tentemos um último esforço para salvaguar a escola, a que é de vida - com alunos dignos e com professores dignos; oponhamo-nos tenazmente àquele simulacro de escola medíocre que nos querem impor, a que é da ministra e dos seus seguidores acríticos, fanáticos ou acéfalos - com alunos tratados como se fossem incapazes crónicos, e com professores amputados da dignidade da sua função.
6.
Foi uma satisfação ver bom ver a senhora ministra com os seus apoiantes: Valentim Loureiro e aquele senhor que fala em nome dos pais. Será que os pais vêem aquele senhor, ouvem aquilo que diz e não diz, e não coram de vergonha? Em nome de que pais é que ele fala? Não no-lo quererá ele mostrar, a nós, à ministra e ao país? Os pais, os que sabem o que se está a passar, já estão a pôr-se do nosso lado. Temos que chamar os outros, num esforço de explicação sempre redobrado.
Claro que o Valentim Loureiro é cínico e oportunista, e sabe que os louvores à ministra não o prejudicam a ele. A ministra, essa é que, coitada, não percebe nada. E, seja quem for que se apresse a apoiá-la, ela, acriticamente e sem pudor algum, tenta um sorriso em forma de esgar, e fica contente. Só falta mesmo à senhora ministra receber o apoio explícito e público, com fanfarra a preceito, da Excelentíssima Senhora D. Catarina Salgado, emérita representante do Turismo Cultural Nocturno.
7.
Organizem-se e inscrevam-se para a ida a Lisboa. Façam listas na escola. É mais cómodo e mais fácil. E continuem atentos a todos os contactos: blogues, SMS, E-mails.
Como disse acima, a manifestação do dia 8 de Março tem que ser a maior de sempre. Está em jogo muita coisa. Essa manifestação tem que ser uma amostra da nossa unidade e força. Só se o for é que nos dará a força necessária para continuar a luta em defesa de um Ensino Público de qualidade, e pela afirmação merecida e necessária do prestígio, qualidade e nobreza da função docente.
Acorramos aLisboa, amigos, que querem matar os "mestres" sem por quê!
Vemo-nos em Lisboa.
Até lá, um abraço.

6 comentários:

Anónimo disse...

Carpe diem = )
Não são só os professores que estao nesta guerra.
Os alunos também apoiam fielmente um ensino equilibrado e sábio sem hipocrisias nem atentados aos professores.
Queremos aprender mais e mais, é por isso que andamos na escola.
Além disso os professores existem para avaliar, não para serem avaliados.
Sei que não fui a essa união que tao respeitavelmente me orgulho de mensionar para defender que os alunos vao para a escola para aprender e nao para passar tempo, no entanto gostaria de mensionar que atravez de palavras, continuarei a apoiar estes provessores que dao a cara sem medo contra estas parvoices que a ministra decidiu chamar leis que mais parecem atentados contra professores, alunos e respectiva aprendisagem.
Espero que o tempoBreve continue nesta guerra de mao firme porque eu continuarei em nome dos alunos.
Um abraço
P.S-Nao me confunda por favor com alguns anonimos sempre que for eu a escrever começarei por "carde diem" pois adoro a palavra.
Ja agora gostava de saber a sua opiniao,estava a pensar fazer um blog com o nome de Carpe Diem.
O que acha ?

TempoBreve disse...

Carpe Diem!

Veja, por favor, resposta a este seu comentário em TempoBreve - "Resistir às provocações".
Um abraço e obrigado.

Elisabete disse...

A representante do Turismo Cultural Nocturno é a Carolina Salgado, não é?
Todo o meu apoio, como sempre!

E escreva sempre, também!
Um abraço,
Elisabete

TempoBreve disse...

Elisabete!

Sim. Era nela que estava a pensar quando escrevi. Aliás, estava copnvencido que tinha mencionado o nome dela. Veio-me aquilo à cabeça por causa do Valentim Loureiro, o do Apito Dourado, quando ele estava, em tom de taberna, a elogiar a ministra.
Um abraço.

Anónimo disse...

Mas que prodígio de título e de texto e que maneira eficaz de dizer verdades de forma simples.
Acorramos todos, amigos, que matam os "mestres". E eles sabem porquê!

TempoBreve disse...

Ibel!

Bastou-me ir ao Fernão Lopes para arranjar título. Também acho que é um título feliz. Oxalá ele, o título, chame a atneção para o conteúdo.
Obrigado.