quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

As maçãs e o livro

Tenha um bom dia. E se cá veio e não viu nada, as minhas desculpas contentes: desculpas, por não lhe ter deixado nada novo para ler ou ver; contente, por você não ter visto o que muitos outros viram na simples fotografia do livro e das maçãs, que eu publiquei no Tempo.
Aquilo é uma inocência de fotógrafo desastrado. Desastrado e distraído. Aquilo são só maçãs, os frutos da macieira; aquilo são só páginas de livro, tão reais que até lhes diria nome e número. Mas não vai ser necessário, que você crê no que digo, é inocente como eu, e só vê o que lá está.
Não leia os comentários que alguém por lá deixou, incluindo os que eu escrevi. Aquilo pode lá ser?
Para que não restem dúvidas, e porque sou boa pessoa, quase tão como você, eu logo volto aqui, e conto-lhe como é que aquilo foi; como tudo aconteceu.
Não acredite nos outros: aqueles tais dos comentários.
:-)

8 comentários:

Anónimo disse...

Senhor tempo,

Lá consegui algum tempo para deixar um comentário. Sempre que posso passo por aqui e já recomendei este seu livro a muito boa gente que também o lê.
Aquela imagem é fafulosa e é pena não se poder acreditar nos comentários porque quem os escreveu é leitor assíduo e com humor ou poesia todos "encaixam".
Abraço para si. Quanto à Ibel, ela já sabe o que eu lhe disse sobre ela no "espaço" dela .

Abraço

Anónimo disse...

O José Miguel chamou-lhe Senhor Tempo. Gostei Muito. É que, ao ler aquilo que escreve, a sensação que tenho é de estar, de facto, na presença de um senhor, que domina muito bem várias técnicas, além da escrita, como é óbvio. A imagem que nos deixou agora é bem a prova disso. Em pezinhos de lã, como diria o Povo, leva-nos para o seu mundo, que deve ser muito especial, a julgar pelas marcas que vai deixando aqui ou ali. E o curioso de tudo isto é que já tem um rol de fieis "seguidores" que o acompanham, entre os quais me incluo às vezes, talvez pela curiosidade de uma nova descoberta que sempre se adivinha naquilo que deixa. Quanto às maçãs, parecem ser lá dos seus lados - Cova dos mouros - onde, presumo, os pesticidas ainda não entraram neste tipo de fruta. Ao ver a imagem - fruta com letras - lembrei-me de um programa de rádio que às vezes oiço: café com letras. Coincidências? Talvez, mas ambos têm um bom pingo de cultura. Que tenha um muito bom dia é o desejo que formulo cá desta minha cova, bem mais simples que a sua - a única moura sou eu e só fui encantada uma vez...mas valeu a pena!

Anónimo disse...

As simulações inteligentes são a arte de bem viver e de bem andar nesta terra em que quem tem um olho é rei. Espero que entenda a insinuação já que anda a semear tentações em cama alheia.

TempoBreve disse...

Caro José Miguel!

Sim. O tempo é escasso. E, mesmo assim, estragámo-lo tantas vezes tanto.
Agradeço a atenção que tem, passando por cá, e recomendando. Se recomenda, é porque, na sua bondade, encontra aqui alguma curiosidade e interesse.
Eu também gosto daquela última imagem. Mas eu sou suspeito, pois sou o pai dela. Foi um acaso. As maçãs é que foram um acaso. A fotografia, essa já não foi tanto assim. Pode ser que conte. Depois.
Hesitei em publicá-la. Mas, sempre que a via, ela dizia-me que sim, que eu devia. E eu, só para me ver livre de tudo o que ela me dizia, acabei por publicá-la. Como pode ver, ela veio dar-me mais trabalhos.
Era para ter um texto em baixo. Cheguei mesmo a "desenhá-lo". Mas não tive tempo para o "colorir", e, sendo assim, ficou fotografia sem texto. Agora já não o publico. Para já, pelo menos. Até o título saiu à pressa e sem grandes pensares. Enfim!
Ouça lá uma coisa: faça favor de acreditar nos comentários, sim? Nos meus, não; mas nos doutros, sim.
Ah! Deixe-me dizer-lhe outra coisa: a poesia é amor, sabedoria e vida. Acredite nisso, mesmo que não pareça.
A Ibel, deve estar orgulhosa do que você lhe disse. Eu também digo lá, no blogue dela. Não tantas vezes como seria desejável, e até obrigação, mas, quando posso, vou até lá. Você foi um dos que tiveram a sorte de ser alunos dela?
Um abraço para si.
:-)

TempoBreve disse...

Cova da Moura!

Eu conheço o José Miguel como a conheço a si. Isto é, só os conheço das palavras que me dão; e do que me dão eu gosto; o mesmo é dizer que, sem os conhecer, eu já gosto de vocês.
Acredite no que ele diz, que ele costuma dizer bem.
Sim, eu assumo facilmente uma posição de senhor, mesmo quando me embraveço. Deve ser herança, que o mérito, se mérito há, não deve ser obra minha. Deve ser dum certo senhor de que já aqui falei.
Sendo um pouco mais sincero, eu não só assumo a posição de, como sou mesmo um senhor. (Aqui deve rir e não acreditar - por causa dos outros, sabe?).
Eu gosto de dar pinceladas do meu mundo. Às vezes dou-as muito exactas, mas na forma de invenção; outras invento tudo (aqui também deve rir). Tenho um mundo muito grande metido dentro de mim. Tal como você tem. Tal como todo o mundo tem. Às vezes não queremos é partilhá-lo; outras não temos tempo; outras não o sabemos pintar bem, e ficamos acanhados ante a grandeza desse mundo que em nós temos e a pequenez com que o pintámos. Mas isso é outra história, que um dia contarei.
Olhe que nem sempre entro em pezinhos de lã. Às vezes sou muito duro; mas é porque tem que ser, para não explodir por dentro (rir novamente).
Gostou da fotografia? Então leia um pouco do comentário que eu deixei para o José Miguel ( e o 10º que está no Tempo, e que deixei para a Ibel).
Os meus seguidores devem ser tantos que eu, em andando na praia, nem ouso olhar para trás, só para não ter o (des)gosto de ver o areal vazio. Mas isso pouco importa, desde que uma ou duas pessoas cá venham. E você, às vezes vem. Por isso,já vale a pena deixar aqui duas palavras.
As maçãs são dos meus lados. E são ilegais, pois são quase como eu: umas desrespeitadoras das leis que querem impor medidas exactas para tudo. São maçãs quase bravias. Por isso sabem tão bem; por isso elas são tão lindas.
A sua cova é tão linda como a minha. Mentira! A sua é bem mais linda, já que você se diz moura. E as mouras são sempre lindas. Por isso, quando encantadas, só se encantam uma vez, porque só uma vez é verdade. Mas isto é outra história, que depois lhe contarei.
Ah! Quem escreve bem é você.
Obrigado, sim!

NOTA: O seu comentário merecia uma resposta melhor que esta que lhe dei agora. Mas é o tempo, menina (?), é o tempo.
:-)

TempoBreve disse...

Pai tirano!

Não acredito nisso do "tirano".
As simulações inteligentes de que fala, não são as que aqui encontra; as que aqui encontra - inteligentes ou não -, não só não se dirigem a um "país de cegos", onde "quem tem um olho é rei", como também não são feitas em forma simulada por quem tem um olho só, e quer ser rei. Na verdade, antes escravo forçado - protestando sempre -, que rei dum só olho num país de cegos.
Acho que as suas "simulações inteligentes", a sua "insinuação" e as suas "tentações" são termos que usa a brincar. De outro modo, não os entendo, por não terem sentido.
As pessoas para quem escrevo não são parvas nem são cegas; nunca aceitariam palavras hipócritas e simuladas de um rei sem visão.
Mas, como disse, acho que você está a brincar.
Ou, então, você é uma cópia do "Diácono dos Remédios". Lembra-se? Se não, pergunte.
A propósito de "Diácono dos Remédios", como é que a popularidade vaidosa e o dinheiro fáceis acabam por estragar o talento de uma pessoa? Será porque o Herman se convenceu que o país é mesmo de cegos e que lhe bastava um só olho de visão displicente para continuar a ser rei? Se foi isso que aconteceu, enganou-se.
Um abraço, pai tirano.
:-)

Nanny disse...

Agora aguçaste-me o apetite... lá tenho eu de ir espreitar as tuas maçãs... o livro? dispenso! estou rodeada deles :P

Beijinho

TempoBreve disse...

Olá Nanny!

Vá! Espreite lá as maçãs. Mas com muita atenção.
Aquele livro é uma maravilha. Mas, já que não quer saber, não digo mais nada.
Está rodeada de livros? Isso é uma desgraça! Para que é que os quer? Olhe que ler faz mal.
O livro do tal dito professor por quem você se apaixonou, tal como é normal, e como eu lhe recomendei?
Até.
:-)